Antecedendo um ciclo de poemas da minha plaquete (En)cantos de
Castelo Branco, 1998, ilustradas com fotografias antigas que o meu amigo Francisco
Costa me ofereceu, publico hoje estas duas quadras, este poema de (H)ora Essa.
Chegada
ao fim, que quer a terra ao mar?
É
sede ou pressa de ali se dissolver?
Que
pode querer a terra senão continuar,
achar
caminho, tentar sobreviver?
Mas
se é o mar que adentra insaciado
em
cada quinhão de terra, nos areeiros,
então
façamos nós o que nos têm ensinado
e
sejamos, enfim, eternos marinheiros.