Os crocodilos choram, estou comovido
e choro com lágrimas de suprimento,
que as minhas secaram já em tempo ido
e a comoção não tem lugar no orçamento.
Quero agora ser comum marginal,
capaz de resistir e dar o peito á luta:
quero gritar aos repteis que me sinto mal
e chamar-lhes, sem peias, filhos da puta!
e choro com lágrimas de suprimento,
que as minhas secaram já em tempo ido
e a comoção não tem lugar no orçamento.
Quero agora ser comum marginal,
capaz de resistir e dar o peito á luta:
quero gritar aos repteis que me sinto mal
e chamar-lhes, sem peias, filhos da puta!
Minhas lágrimas
ResponderEliminartambém já secaram.
Bonito poema e muito actual. Nem precisava de ter ilustrado com essas fotos. Foram lágrimas de crocodilo e outros repteis sem nome. Esses desgraçados nem merecem ser filhos da .....nem ...
ResponderEliminarAinda na tentiva de enxugar algumas lágrimas...
ResponderEliminarÉ indiscutível que uma causa ou uma revolta embelezam ainda mais toda poesia. Parabéns!
ResponderEliminarcrocodilos, lobos, leões e tantos outros,
ResponderEliminarcarnívoros que nos consomem a carne.
Predadores de incontrolável fome,
aproveitai o tempo da fartura.
De mim não consumirão,
mais que a carne e ossos.
A vontade, verdade e liberdade,
são minhas e inconsumíveis.
A luta reside no inconsumível,
força do que é invencível.
Enquanto respirar, enquanto voar
nunca irei perder o sentido ao céu.
Que comam os predadores,
meus ossos e carnes podres.
Que de indigestão morram.....
Cheguei para ficar!
ResponderEliminarPasso muitas vezes em silêncio mas hoje puxei aqui de um banquinho, sento-me para tomar um chá ou um café e saboreio este teu compo de poema
Por entre poemas que fazem sorrir, outros há bem diferentes
Este ... com um sabor amargo
A ver vamos mas chorar não adianta
Adiante e tentemos resistir
Caminhando