sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

LUIS VAZ


Digo que aquilo era gente a mais, amigo. Musas,
deuses, heróis e mártires, ladrões de almas lusas.
Olho por olho; dente por dente. Refrega e morte!
Era previsível este destino estéril e esta sorte.

Demolhados, os teus papéis tomaram rumo,
e, porém lenda lusíada para doméstico consumo,
viraram ratio essendi da lusitana literatura,
ainda válida, robusta e sem qualquer beliscadura.

Para os anais, a miséria, o nojo e o cruel destino.
Desculpa a prosápia de quem te lê desde menino,
mas que, no fundo, se motivo há por que te escolho,
é apenas por aquela burlesca caricatura de zarolho.