Às escuras, estendo a mão aberta, e afago
o Tempo de Silêncio em repouso, vigilante.
Ainda te oiço gritar o verbo mais amargo
da tua lucília e austera poesia militante.
Que amargurado poeta foste a vida inteira!
Bradavas os teus versos e esse era o pranto,
a arte e a razão, únicos e à tua maneira,
poeta e homem em cada verso do teu canto.
Depois, é como se alvoroçássemos de novo
a Quinta do Amieiro na passagem de ano,
com Pablo, Lopes Graça, as Heróicas do povo,
neste tempo - como então – ainda insano.
o Tempo de Silêncio em repouso, vigilante.
Ainda te oiço gritar o verbo mais amargo
da tua lucília e austera poesia militante.
Que amargurado poeta foste a vida inteira!
Bradavas os teus versos e esse era o pranto,
a arte e a razão, únicos e à tua maneira,
poeta e homem em cada verso do teu canto.
Depois, é como se alvoroçássemos de novo
a Quinta do Amieiro na passagem de ano,
com Pablo, Lopes Graça, as Heróicas do povo,
neste tempo - como então – ainda insano.