Era um gnomo,
um pingente,
da laranja um gomo,
dez réis de gente.
Fez-se senhor
de colarinho e anéis,
um ditador
dos mais cruéis.
Digamos que sim,
que é verdade pura
-ai de nós, ai de mim!
Vem aí ditadura.
Não foi ´era uma vez´
a fruta malsã
e às duas por três,
outra vez amanhã.
Dez réis de gente
que vai e que vem,
hoje pingente
amanhã ninguém.