Não sei que fazer aos beijos
que trago zelados no bolso:
alguns para dar em festejos
outros quero dá-los e não posso.
O beijo tem deve e haver;
ao dá-lo tem reciprocidade
e eu não os dou sem antes ver
o saldo na contabilidade.
De repente ficar sem beijos
dá-me aflição, nem pensar…
já não são beijos; são desejos
de querer e não ter para beijar.