Com o tempo sucumbem os versos quebradiços,
mesmo os que antes giravam em carrossel,
são agora memórias, talvez reais, submissos,
e tresandam a tinta e a folhas de papel.
Mudam os tempos dos verbos para os passados,
que os há também actuais, sobreviventes
à custa do garimpo e da salvação dos mal-amados
versos que um dia foram chatos, impertinentes.
Não há meio de conseguir uma conciliação
e os versos, felizes com a escolha, é o que penso,
assomam às folhas perdidas, de aluvião,
cuidando confundir-me, quais carvões de incenso,
mais não podem que uma tremenda confusão,
há tanto tempo perdidos, nem eu a eles pertenço.