Ao cair da tarde
volta o tricô das palavras perdidas,
as de ontem, algumas de amanhã,
mas todas como novas, de hoje.
O poial ao redor da casa
escalda. Não por ser Verão,
mas porque as palavras aquecem.
A manta, a camisola ou o naperon
podem esperar.
Agora é apenas o tempo de tricotar
as palavras mais urgentes.