Ambrósio Ferreira
Palpam-me
o braço. Teimosa a veia
teme
o ferrão. Emerge depois rendida.
A
ampola fica cheia
de
escassos segundos de vida.
Umas
vezes a veia é boa e a enfermeira
gaba-nos
o braço
outras,
por desalinho ou asneira,
o
sangue sobe à cabeça e é um colapso.
Nada
que não se resolva, nada que mate
este
devasso,
inquieto
como convém, sendo de um vate,
percorre
todo o corpo, havendo espaço.