Espreito
os teus olhos a medo
por
não serem olhos de ver
são
antes, em ti, um segredo
e
em mim cegueira de os ter.
Jogam
comigo às escondidas
fingem
que se vão esconder,
que
eu já dou por adquiridas
as
voltas que dou sem os ver.
Voltam
mais tarde a aparecer
neste
vaivém permanente…
não
sei se ainda os quero ver,
se
os vejo e o olhar me mente.