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Dê-me oxigénio, por favor, uma pinguinha,
que
a falta dele é bem capaz de me matar.
Fico
roxo, boca aberta e em pele de galinha
e
não me dá jeito morrer com falta de ar.
Felizmente
ainda existe este ar que se respira:
consumido,
maltratado, quanto baste poluído,
promete
o seu ar de graça e a quem suspira
oferece
vida airada, que é o meu ar preferido.
Sem
abrigo e enjeitado, não respira nem ao relento
é
o ar que nos dá, esse não passa de ar e vento.