Enquanto o rato roía
da saca, no sótão antigo,
jorrava trigo;
nem um bago de poesia.
O rato esfaimado comia
e chamava-lhe um figo,
inchava o umbigo
mas nada de poesia.
Por fim, cheio de azia,
Disse: - querem que vos diga?
poesia não enche barriga.
E a saca ficou vazia.