As
manhãs rompem ou não conforme o sol;
cedo
dão o primeiro sinal de vida e de alerta:
primeiro
sonolentas, a passo de caracol,
depois,
bem, depois já não é ciência certa…
Faz-se
tarde, os sinais descobrem o velho
dia
entorpecido, cor cinzenta, como prata
e
a noite, que já se ornamenta ao espelho
cai
como lâmina que fere mas não mata.
Vespertino
o dia dá sinais de desalento,
de
azuis que fingem altivez e desafogo
e
desvanecem aos poucos com o vento.
Se
não é agora já não será mais logo:
o
dia implode mas o seu atrevimento
dá-lhe
coragem e o primeiro sinal de fogo.