No
céu que vejo eu de novidade,
senão
este ou o mesmo sol de antes,
nuvens
estas ou apenas claridade,
erráticos
pássaros em voos constantes?
Beirais,
abaixo, rendilhando a lua,
prazenteira
em seu jeito de engodo,
enchendo-me
de luz a casa e a rua
de
ilusões e céus de outro modo?
Deuses
não vejo, sequer a sombra;
um
turbante flutuando ou rasto,
e
é este que não vejo que me cobra
o
céu que não uso, de que não gasto?
Não
há céu que assente como luva
mas
que posso contra, outro há?
Se
não me livra de calor ou chuva,
em
cima também não me cairá.