Quis então ser gente, o rato.
Subiu o mais alto que pôde
e espreitou o mundo
onde é semeado, ensacado
e comido também, o trigo
e os humanos fazem versos
para se divertirem,
os guardarem em prateleiras,
depois de se alimentarem
espiritualmente.
Concluiu assim, o rato,
que uma saca de trigo
tem muito mais poesia
do que alguma vez
foi capaz de imaginar.