sexta-feira, 11 de junho de 2010

DAS LIBELINHAS


Com uma pequena inflexão de patas
a libélula deu por si a meio dum triplo
picou depois e a meia altura
planou ao sabor de um fio
de aragem quase mel

foi num daqueles ramos avulsos
que poisou por instinto
e se reviu pela última vez
no charco ao fundo o tempo preciso
para duas lágrimas exactas
se chorar é arte dos que um dia
voam a vida por extenso

6 comentários:

  1. As libelinhas são de uma graciosidade encantadora.
    O teu poema deixa vê-las nesses voos que prendem o olhar, esgueirando-se por entre as lágrimas de água.

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  2. Ao ler-te e seguindo o voo (musical), lembrei-me de - lágrima(s)

    ~~~~~

    Sabes?!

    Não poderás saber!
    Finge ou desmente .
    Só sabe da lágrima
    Quem deveras sente.
    (Nov.07)

    ~~~~~
    Acho que as libelinhas sabem...

    Beijinho,
    MJose

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  3. As libélulas são efêmeras a nos lembrar do perene.
    Abraços.

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  4. João de Sousa Teixeira , BOA TARDE, ADOREI SEU POEMA SOBRE JOGO, DESEJAVA SUA AUTORIZAÇÃO PARA EDITAR NA NOSSA CIRANDA DA COPA,QUE DEIXO AQUI O KUNK PARA APRECIAR,E PODE CONVIDAR SEUS AMIGOS POETAS,
    EFIGENIA COUTINHO
    http://www.avspe.eti.br/eventos/copa2010/indice.htm

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  5. tão belas, tão frágeis - como a vida. tão bonito, joão... beijo.

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  6. Escorrem-te as palavras na linha,
    Fruto da tua alma de poeta
    que, em vez da dita libelinha,
    nos oferece uma borboleta...

    Do teu primo Zé.
    http://www.flickr.com/jsousa

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