Fardos, muitos sacos cheios
de nadas, valendo duas por uma,
não contando os sacos meios,
metades de coisa nenhuma.
Redimido, como sempre quis,
em dias de domingo e nas festas
doava gardénias à sua amada feliz,
na verdade, apenas estevas e giestas.
Quando havia mais carrego sonhava:
um dia compro-lhe gardénias de verdade,
pese o infortúnio – pois se a amava –
que as flores sejam a nossa liberdade.