Estive
sempre de frente, Castelo Branco,
já
te disse tudo o precisas e o que não gostas;
foi
no teu chão que me fiz gente, vou ser franco:
fico
triste quando aos teus viras as costas.
Sem
ressentimentos, nada de queixas, azedumes,
apenas
me entristecem as provincianas vaidades,
os
sorrisos falsos, as meias verdades, os ciúmes,
mas
nada que mate, que não te eleja entre as cidades.
Das
Águas Férreas até à Mina, caminho antigo,
até
ao cruel betão a que aderiste, as novas avenidas;
nada
tem segredos, nada que me indisponha contigo.
O
berço e a matriz é que nos pregam estas partidas…