Que posso eu pedir mais,
vejo e oiço de graça,
respiro como os demais.
Assim ergo a minha taça
a óxidos, bases, ácidos e sais
servidos em qualquer praça.
Sou um de mil pardais
ou bicho da mesma raça,
não sou menos nem mais.
Poiso e vejo quem passa
e os poemas são asas tais,
que viajo também de graça.