A charneca vestiu de branco
e os pássaros ao longe cantam
a brancura com seu livre canto;
no branco da charneca os pássaros encantam.
Faz frio, o ar é agudo como agulhas,
mas eu, em frente da lareira,
sacudo apenas as persistentes fulhas
e oiço dos pássaros o canto à sua maneira.
Cantam os pássaros como ninguém
e eu fico só à espera de quem vem.