PRAÇA VELHA
Praça de praças não de preces,
praça de gente doutras praças que aqui passa
e leva pressa.
A velha praça não lembra os paços
quando o dia acende brasas, sinais de graça
por entre as cortinas veladas das vidraças.
Velha como Camões, há-de ser tempo e praça
de abrigo, telha a telha,
cantiga duma ideia ou abraço dum poema antigo,
mas sempre, sempre Praça Velha.