sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MANCHA URBANA


Praças, ruas, avenidas e vielas;
antenas, telhados, muros e casas;
tintas, meias tintas, aguarelas,
e lá se vai o meu par de asas…

Candeeiros, lâmpadas e brasas,
fluorescentes e também velas
perfiladas em acção de graças,
caminhando em linhas paralelas.

Andaimes, vigas, a urbe cresce
e explode, grita, quando amanhece
em geométricos canteiros.

Esquadros, réguas, prumos, pregos,
são agora arquitectos cegos
em torvelinho, como bichos carpinteiros…

1 comentário:

  1. tenho pena dos pássaros da cidade...

    pardal escolheu
    viver na cidade -
    por isso não canta

    beijo, joão.

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